terça-feira, 16 de setembro de 2014

sistemas de chaves, registros e aneis

           Existem vários sistemas de chaves para clarinetes. O chaveamento para clarinetes foi evoluindo com o tempo e se tornando mais ergonômico, facilitando vibratos e glissandos, e melhorando a afinação.1
No inicio do século XIX a clarineta tinha de 6 a 7 chaves mas não existia um sistema padronizado. Por volta de 1811 Iwan Muller fez vários aprimoramentos a clarineta e por volta de 1815, o sistema Muller com 13 chaves se popularizou.
Hoje em dia o sistema de chaves mais usado é o Boehm. Ele recebeu este nome pois tem como base o sistema com o mesmo nome que se tornou padrão nas flautas transversais criado pelo inventor Theobald Boehm. Esse sistema foi adaptado para o clarinete por Hyacinthe Klosé e Auguste Buffet.
O sistema Muller que foi usado extensivamente no século XIX deu origem a dois sistemas ainda usados hoje: O sistema Albert, que é usado no leste europeu, em bandas de jazz (principalmente no sul dos Estados Unidos) e é o sistema preferido dos clarinetistas de Klezmer. E o sistema Oehler que é usado principalmente na Alemanha e Áustria.´
O número de chaves/registos e de anéis pode variar bastante dependendo do sistema usado, tipo de clarinete, e do fabricante.
Para clarinetes soprano Sib essas são as configurações mais comuns:
  • Sistema Boehm com 16 ou 17 chaves e 6 anéis
  • Sistema Albert com 13 chaves e 2-4 anéis
  • Sistema Oehler com 22 chaves e 5 anéis
Devido ao número reduzido de chaves e anéis, o sistema Albert também é conhecido como sistema simples.
Uma variação ao Boehm bastante popular é o Boehm Completo, com 7 anéis, que adiciona algumas melhorias ao Boehm. Existiram vários sistemas experimentais e transitórios, dentre estes, alguns notaveis foram o Albert Aperfeiçoado e o Mazzeo, ambos produzidos pela Selmer, o Romero e o McIntyre.

tipos de clarinete

  • Clarinete Sopranino em Lá♭ - 1 sexta mais aguda que o Clarineta Soprano, conhecido também por Sextino ou Requinta em Lá♭.
  • Clarinete Sopranino em Mi♭ - 1 quarta mais aguda que o Clarinete Soprano, conhecido como Requinta ou Quartino;
  • Clarinete Soprano - o mais comum - geralmente afinado em Dó, Si♭ ou Lá, escrito em muitas partituras como Clarino;
  • Clarinete Alto em Mi♭ - 1 oitava abaixo da Requinta;
  • Clarinete Alto em Fá - Conhecido por Cor de basset ou Corno di Basseto;
  • Clarinete Baixo ou Clarone em Si♭ - 1 oitava mais grave que o Clarinete Soprano;
  • Clarinete Contrabaixo em Mi♭ - 1 oitava mais grave que o Clarinete Alto;
  • Clarinete Contrabaixo em Si♭ - 1 oitava mais grave que o Clarinete Baixo.

o clarinete

                                                     

          O clarinete é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico de madeira (também existem modelos de outros materiais), com uma boquilha cônica de uma única palheta e chaves (hastes metálicas, ligadas a tampas para alcançar orifícios aos quais os dedos não chegam naturalmente). Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Quem toca o clarinete é chamado de clarinetista.




         O clarinete descende do chalumeau, instrumento bastante popular na França pelo menos desde a Idade Média. Em 1690, Johann Christoph Denner, charamelista alemão, acrescentou à sua charamela uma chave para o polegar da mão esquerda, para que assim pudesse tocar numa abertura, o que lhe trouxe mais possibilidades sonoras. Surgiu, assim, o clarinete contemporâneo. Introduzido nas orquestras em 1750, foi um dos últimos instrumentos de sopro incorporados à formação orquestral moderna. A clarineta é usada até hoje nas maiores orquestras do mundo. É um instrumento muito usado no Brasil.